4 de jul. de 2013

Caótica Cap.1 "A FESTA"

Lorena teve seu o coração feito em pedaços por Alex, Seu primeiro namorado e único amor.
O que Lorena não sabia é que nessa história só ela realmente estava vivendo este sentimento,já Alex não.
Depois de ser largada do nada, sem nem ao menos uma boa explicação, Lola tem a certeza de uma coisa:
Alex não só partiu seu coração,como levou com ele toda sua crença em viver um amor verdadeiro.
pelo menos até ela conhecer Lucas...




Lola
Era festa e eu só queria curtir.
Curtir a batida do som,
Curtir para não lembrar que tinha terminado com o Alê,
Curtir...para simplesmente tentar esquecer que logo ele também estava ali.
Foi aí que decidi sair da parede onde eu estava encostada e ir até o  bar-man lhe pedir um enorme copo de bebida.
Saí então com o copo balançando pela mão,andando para o meio da pista e dancei.
Ah, Como dancei!
Dancei como nunca  na minha vida.
Se estava bom ou rídiculo eu nao sei, o que sei é que estava sim funcionando e a cada gole de alcool na boca eu esquecia mais e mais o que estava no coração: a DOR
 Acabou...
Como ele pode fazer isso comigo?
Quase 3 anos juntos,acreditando nele,acreditando que ele me amava pra acabar assim?
Eu pensei olhando para meu copo vazio e logo fui pedir mais um.
fiz o mesmo caminho e  voltei para pista com meu copo cheio na mão.
Ai meu Deus, oque eu estou fazendo???
Eu  pensanva nisso de 5 em 5 segundos já que não bebia coisa nenhuma, pra falar a verdade nem água direito eu bebia,mas lá estava eu tomando um porre de amor!!!
 E tomei o segundo copo, o terceiro e o  quarto....
Nossa... Ele nem olha pra mim!
Olha ele todo feliz dançando com aquela oferecida,loira falsa,vádia que...
Nãooooo, nãooo..Deus,faz ele parar!ele nao vai...
Se ele beijar ela aqui,na minha frente eu não vou aguentar!
Minha garganta estava apertada,meu coração acelerado,meus olhos doíam vendo ele passar suas mãos no corpo dela,mãos essas que tantas vezes percorreram o meu corpo.
Por favor,por favor,por favor...não beija ela Alex,por favor!
Ele beijou a beijou.
Um beijo longo e íntimo,parecia que eles iam tirar a roupa ali mesmo  e se acabar nos braços um do outro.

Desgraçado,a gente mal tinha terminado!!!
Caramba, o que se faz diante disso?                                                            
Minha noite tinha sido detonada pela visão de ver a língua do Alê sendo engolida por aquela garota .
Eu queria ir lá e dar um soco na cara dele,
perguntar porque tudo isso,pra que fazer isso na minha frente sem se importar com meus sentimentos???
Ele sabia que mesmo que tudo tenha acabado,o meu amor por ele não.
Eu amava estar com ele,amava seus beijos,seu toque,amava como ele me fazia sentir,hoje eu odeio o sentimento que ele me provoca.
Eu não estava aguentando mais, as lágrimas eram mais fortes que eu e estavam querendo se deixar mostrar e antes que ele me visse chorando por ele, decidi ir embora.
A minha cabeça doía muito,estava com tonturas e meu estômago se contorcia de um lado para o outro, dando mil cambalhotas.
 Naquele momento eu não sabia se era por causa de tanta bebida ou por causa da cena que eu tinha acabado de presenciar e se repetia e se repetia... como flashes borrados e confusos,mas não paravam de passar em minha mente.
Me virei para me retirar da multidão e logo em seguida senti alguém me agarrar  pela cintura,
me apertou forte, mas não o bastante para me machucar.
-Você está bem?
Uma voz desconhecida e ardente  sussurrou no meu ouvido .


Lucas


Era festa, de quem? Eu não sei.
Alguns dos caras com quem eu ando agora vinham e me chamaram.
No lugar de eu ficar pirando em casa pensando em como minha vida está e em tudo que deixei para trás na minha antiga cidade, eu aceitei o convite e vim.
Quando meu pai disse que nós iríamos nos mudar para a cidadezinha que minha mãe nasceu, eu achei que
Ele devia ter fumado alguma coisa, mas não, ele estava sóbrio, sério, decidido.
Papai me disse que não aguentava aquela casa, não sem minha mãe dentro dela , não sem ela para preencher cada cômodo com sua alegria, não quando essa casa parecia tão grande e o fazia se sentir tão vazio.
Mamãe morreu a quase 6 meses atrás quando teve um ataque fulminante no coração.
 Eu estava na faculdade, meu pai trabalhando e quando em fim eu cheguei em casa, era tarde demais...
ela já estava morta.
É claro que eu estava sofrendo e claro que até culpado eu me sentia, se eu tivesse chegado mais cedo...
Quem sabe eu podia salva-la, mas eu não cheguei a tempo, meu pai também não e ela morreu sozinha.
Apesar de tudo isso, eu não queria sair da minha casa, muito menos da minha cidade, onde eu tinha meus amigos, faculdade e até meu trabalho meia boca.
Meu pai devia estar mesmo louco, ele estava dizendo que ia deixar para trás nossa casa, seu trabalho estável que me lembro dês de sempre, nossa vida.
E quando eu lhe perguntei o porque de ir logo morar em uma cidade do interior onde minha mãe nasceu, porque larga tudo aqui, porque sair de um lugar cheio de lembranças e ir logo para outro com lembranças dela também,  ele me disse:
-Lucas, ela amava aquele lugar, me contava histórias de quando era criança e pegava flores para colocar em seus cabelos no jardim de sua casa, subia em uma enorme pedra na casa do vizinho para pegar manga do pé, me dizia que tinha praias lindas, como o paraíso, onde você poderia se perder e nunca mais querer ser achado.
 Ela era muito feliz aqui, onde construímos nossa vida juntos, nossa família, mas nunca esqueceu de lá.
-Sua mãe queria voltar para aquela cidade encantadora e sempre me pedia para que um dia fôssemos, lhe fiz essa promessa varias vezes, mas sempre estava trabalhando e me arrependo tanto disso Lucas.
Ouvi meu pai contar tudo isso com tanto dor em seus olhos, ele se sentia culpado pela morte da minha mãe, se sentia culpado por não ter cumprido a promessa que, se ele quisesse facilmente conseguiria,claro, se não trabalhasse tanto.
Papai continuou sua explicação.
-Aqui meu filho, nesta casa, eu tenho cada lembrança viva todos os dias, eu indo trabalhar, lhe dando um beijo e dizendo que mais tarde nos veremos.Ela me olhando com toda ternura e confirmando que sim com um sorriso, depois tudo muda... Você me ligando, eu correndo do trabalho, ela naquela ambulância, ela estando morta.. Não dá Lucas, não dá! Eu falhei com a Mariza, mas vou fazer meu melhor para cumprir a minha promessa, quero continuar perto das lembranças da sua mãe, onde eu não tenha lembranças ruins, mas saiba que ela está perto, por isso está decido, vamos nos mudar!
Foi aí que eu disse tchau São Paulo e oi interior do Rio de Janeiro.
Tínhamos vendido nossa casa, meu pai por seus muitos anos de trabalho fez uma negociação para ser dispensado de ser o gerente financeiro da empresa da qual por muitas vezes parecia viver por ela e assim poder assumir de vez a sua loucura.
 Já eu ia deixar meus amigos, minha casa, as garotas, a cidade que eu conhecia dos pés a cabeça,tudo o que era conhecido e estável, para o desconhecido e de pernas para o ar, mas o velho estava precisando disso para se sentir em paz e eu queria ajudar.
Então agora eu estava aqui na festa de um desconhecido com o Marcelo e o André.
A música é boa, uma batida eletrizante que dá vontade de tirar os pés do chão e deixar a música me levar, mas eu não faço isso, eu continuo parado em um canto da parede com um copo de bebida, acompanhado do André e o Marcelo. 
-Cara, olha aquela garota dançando. André grita pra gente chamando nossa atenção para a menina no meio da pista.
Na hora que eu  olhei, a primeira coisa que eu percebi é que ela parecia uma maluca se requebrando toda

e isso me fez rir.
 Depois olhando bem pra ela, já não me parecia tão maluca.
A garota estava de olhos fechados com uma expressão concentrada na música, ela levantava seus braços para o alto e balançava a cabeça de um lado para o outro no qual fazia seu cabelo longo e negro esvoaçar.
Ela balançava seus quadris no qual me chamou atenção para aquela cintura curvilínea e sua bunda apertada naquele jeans justo, meu Deus... Eu pirei.
A garota abaixou as mãos ainda de olhos fechados e deu varias goladas em seja lá o que ela estava bebendo,girava o corpo de um lado para o outro, sorrindo... Que sorriso lindo, naquele rostinho de menina.
A batida da musica mudou fazendo com que ela começasse a pular no qual me chamou a atenção para os seus seios naquela blusinha branca com um leve decote "V", Seus seios eram grandes e eu pensei se caberiam perfeitamente na palma da minha mão.
Nossa, eu me senti um pervertido no tanto que essa desconhecida me fazia pensar só de olhar para ela.
-Cara, ela tá doidona,deve tá chapada, mas é gostosa!
Ouvindo os risos dos meus amigos e o Marcelo falando dela, me fez sair do meu transe.
De repente ela abriu os olhos, pareciam tão negros quanto o seu cabelo.
A garota olhou para o seu copo e depois para um casal dançando, saiu da pista e foi até o bar, pegou mais um copo, e outro e outro...
-Lucas, vou chegar naquela gracinha ali, , já volto.
Me fala o Marcelo olhando uma loira bonita sorrindo pra ele.
-Vai lá cara, sem problemas.
Nesse ponto eu estava sozinho, André já tinha sumido algum tempo dando a desculpa de ir no banheiro, mas acho que ele foi fumar alguma porcaria e o Marcelo agora estava se agarrando com a loira e eu estava aqui parado como um babaca e não tirava os olhos da garota maluca.
Eu percebi que ela não tirava os olhos do casal na pista, um cara alto, branco, cabelo castanho claro e olhos escuros que não saia de perto da loira mediana,também branca, cabelo comprido e escorrido, olhos verdes eu acho e um vestido justo e curto.
O casal se beijou, um beijo longo e íntimo e as mãos do cara percorriam todo o corpo da garota.
Olhei para a minha garota maluca, ela estava congelada, com cara de horror, sua boca estava repuxada para o lado de tanto que ela mordia o canto dos lábios e seus olhos estavam maiores e molhados.
Ela conhecia esse casal, ela conhecia esse maldito cara.
Minha garota maluca continuava olhando o casal em seu beijo explícito, raiva passou para aquele rostinho assustado e logo depois tristeza, muita tristeza.
Ela enxugou uma lágrima que ia rolar de seus olhos olhando para a saída, ela ia embora eu percebi.
Sem nem ao menos pensar fui andando em sua direção com pressa, eu não queria perdê-la.
 Ela se virou para ir embora e nesse momento por impulso ou desespero eu agarrei sua cintura e falei no
Ouvido:Você está bem?












































2 comentários:

  1. Ainda bem que eu fui a motivação para continuar a escrever Caótica. Deve ter sido a melhor coisa para a qual contribui. O texto está perfeito. Não mudava absolutamente nada. E adorei quando o Lucas disse " a MINHA garota maluca"

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